A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DO ESPORTE
A história da Educação Física passou,
praticamente, por todos os países, dessa forma houve contribuição cultural de
cada região, aprimoramento e especificidades naturais desenvolvida pelos povos
praticantes de alguma modalidade esportiva.
Na Pré-história, os povos primitivos agiam
com naturalidade e o que predominava eram as atividades necessárias à
sobrevivência, essa necessidade fez com que o homem utilizasse os movimentos do
corpo a fim de garantir sua sobrevivência e dos membros do grupo, uma vez que
ele deveria superar diversos obstáculos ao caçar, lutar e fugir. Dessa fase histórica surgiram as danças e os
jogos em equipe. A dança era praticada por
meio de rituais próprios com caráter lúdico. Tais características favoreceram a
comunicação e a transmissão da cultura como instrumento educativo. Os jogos,
principalmente com o uso de bola, eram relevantes socialmente, pois neles as
crianças também participavam imitando as performances dos adultos.
Ao passar pela Antiguidade a Grécia
foi a civilização que deixou sua marca no processo de evolução da Educação
Física, disseminado mundialmente com seu maior legado: os jogos olímpicos.
Também contribuíram os filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles, e Hipócrates ao defenderem a ligação
do corpo e da alma por meio das atividades que exigem movimentos do corpo, além
da música. Ambos seria a perfeita harmonia entre corpo, espírito e a mente. É
relevante dizer que as práticas das atividades físicas eram realizadas até a
velhice, mais uma herança grega. Ainda na antiguidade, a cultura grega invadiu
Roma que por sua vez combatia fervorosamente a nudez na prática de qualquer
atividade física, desse modo, sua prática destinava-se aos militares. Porém, os
circos e teatros faziam parte da cultura dos romanos, a exemplo o Coliseu, onde
grandes combates eram travados para deleite dos expectadores de todas as
classes sociais. As casas termais originaram competições, surgindo daí a
natação.
Por volta da Idade Média houve
uma queda vertiginosa na evolução da Educação Física por causa da ascensão do
cristianismo. O culto ao corpo passa a ser um culto ao pecado. Devido à posição da igreja que
defendia que o homem deveria buscar somente a vida celestial, os esportes
sofreram decadência, exceto a cavalaria que atestavam suas habilidades
em competições e torneios.
No Renascimento, o culto ao corpo é novamente
explorado. A partir dessa época o interesse pelas culturas tanto pelo físico
como pelas artes, a literatura, a ciência e a música ressurgiram com força
total. O estudo da anatomia e interesse pelo conhecimento do corpo humano favoreceu
o resgate pela importância dos cuidados com o corpo. Deu-se, nessa época, o início dos movimentos ginásticos com a finalidade de preparar a
população para defender seus países nas guerras que aconteciam na Europa por
questões territoriais e de poder. Nessa época o modelo francês deu origem a
Educação Física escolar no Brasil. Os jogos com bola
foram as atividades físicas mais significativas dessa época e os praticados até
a atualidade.
Além
da contribuição dos povos primitivos, gregos e romanos, pode-se citar que a
China, a Índia, Japão e Egito também têm sua parcela de contribuição na
história da Educação Física. A China por meio do imperador Hoang Ti incentivava seu povo a
se exercitarem a fim de cuidar e higienizar o corpo, além de treinar os guerreiros.
Na Índia a atividade física era doutrinária, um tipo de código de caráter
social, religioso, político e civil. Daí surgiu a prática do yoga. O Japão tem sua
prática relacionada ao mar e, sua maior herança, os samurais. Já o Egito, deixou a prática das atividades
físicas que valorizam a força, a resistência, o equilíbrio e a flexibilidade.
A construção da Educação Física se deu, por fim, com um caráter de saúde.
Inicialmente com a finalidade de melhorar a aptidão física dos
indivíduos no sentido de torná-los mais aptos e úteis às suas necessidades básicas.
Percebe-se que em vários momentos da história
o sedentarismo não fazia parte da vida dos indivíduos devido a divisão
do trabalho ligada ao esforço físico e atividades intelectuais. Embora, essa divisão
separasse as classes sociais, em praticamente todas as fases da história, os
povos praticavam atividade física com o intuito de serem guerreiros, de
sobreviver e ao mesmo tempo manter o corpo e mente saudáveis.
REFERÊNCIAS
AGUIAR,O. R. B. P.; FROTA, P. R. O. Educação física em questão: resgate histórico
e evolução conceitual. Arquivo
digital em PDF. Disponível em
<http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/eventos/evento2002/GT.1/GT1_5_2002.pdf> Acesso em 08/03/2015.
CASTELLANI FILHO, L. Educação Física no Brasil: A história
que não se conta. 18ª ed. Campinas: Papirus, 2010. 175 p.
IMPOLCETTO, F. M.; NARDI, E. R. Introdução à História e
Teoria da Educação Física. Batatais: Claretiano, 2014.
LUZURIAGA, L. História da educação e da pedagogia.
18ª ed. São Paulo: Editora Nacional, 1990.
RAMOS, J. J. Os exercícios físicos na história e na arte:
do homem primitivo aos nossos dias. São Paulo: IBRASA, 1982. [Impresso]
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