domingo, 28 de outubro de 2012




O uso do Blog como ferramenta no ensino de Ciências e Biologia
Eliana Vinha[1]
O ensino de Ciências e Biologia compõem a grade curricular das escolas e já foi praticado de inúmeras formas ao longo dos anos. A ideia de inovação vem ao encontro das mudanças e transformações em todo o planeta, consequentemente alterando o comportamento do ser humano frente ao mundo.
A escola considerada como ambiente formal não pode ficar alheia a estes fatos, apesar de ser um desafio constante, ela deve evitar a evasão escolar, garantir a educação continuada aos professores além de introduzir a inclusão digital. Souza (2010, p.18) fala que esta renovação a orientou-se“pela necessidade do currículo responder ao avanço do conhecimento científico e às diversas demandas geradas nessa evolução.” Esta renovação já havia sido percebida e descrita pelos PCN’s – Parâmetros Curriculares Nacionais em 1988.
Segundo o PCN(1998, p. 23) “Ciência e Tecnologia são herança cultural, conhecimento e recriação da natureza. [...] A associação entre Ciência e Tecnologia se amplia, tornando-se mais presente no cotidiano e modificando, cada vez mais, o mundo e o próprio ser humano.” Neste sentido os avanços tecnológicos aliados aoconhecimento científico são fatores importantes para que o aluno perceba o mundo de modo que ele seja capaz de exercer a cidadania com ética e responsabilidade. Ao professor cabe buscar a capacitação e a escola oferecer suporte tanto ao professor, para que a educação seja realmente continuada e para os alunos terem condições de acesso.
No mundo contemporâneo o acesso à informação e ao conhecimento dá-se por meio de várias possibilidades, entre elas, a entrada ao universo digital, onde todas as disciplinas se encontram e se interligam de forma inter, multi e transdisciplinarmente.
                      
Fonte: VINHA, Eliana. Outubro/2012.
Segundo Santos (2008) a transdisciplinaridadesurgiu“em decorrência do avanço do conhecimento e do desafio que a globalidade coloca para o século XXI”, de certa forma é um convite a todos repensar o contexto onde está inserido.  O autor (p. 76) diz que osprofessores que enfrentam estedesafio“estão sujeitos a ambigüidades e contradiçõesque vão sendo corrigidas e adequadas na medida do aprofundamento conceitual e, principalmente, da autocríticaentre os pares”, ressalta ainda que “.. os conhecimentos disciplinares e transdisciplinares não se antagonizam, mas se complementam (p, 75)”. Nesta perspectiva a transdiciplinaridade permite religar os saberes e transitar entre todas as disciplinas num constante processo de ensinar e aprender.

A partir do momento que os professores percebem como atores responsáveis por este processo de ensino-aprendizagem-apreensão possibilita a mudança de conceitos afim de inovar sua prática. Um bom exemplo é a criação de Blogs educativos, partindo do princípio de que, para o aluno, a aprendizagem é adquirida por meio de diálogos entre alunos/alunos, alunos/professores e demais participantes de tal forma que esta abordagem permite a (de) construção e (re)organização dos significados.

Para Gomes (2005, p. 312) “a criação e manutenção de um blog pode ser de autoria individual ou coletiva” e completa dizendo que os blogs constituem “espaços de publicação na web, facilmente utilizáveis por internautas sem conhecimentos de construção de websites, e frequentemente sem custos [...]” e de fácil acesso. Também pode acrescentar que os weblogs possuem ferramentas de interface que mostra a identidade e a criatividade do(s) autor(es).

Bierwagen (2011) descreve que o professor tem um papel fundamental em promover o diálogo, o conteúdo, em provocar a reflexão nos alunos, em qualquer meio, inclusive utilizando o computador e a internet. Para o professor perceber qual é o seu papel neste contexto ele tem que ter capacitação e saber identificar os principais usos pedagógicos. 

Assim o blog passa a ser um recurso e estratégia a mais para enriquecer a prática pedagógica.


REFERÊNCIAS

BIERWAGEN, Gláucia Silva. Uma proposta de uso do blog como ferramenta de auxílio ao ensino de Ciências nas séries finais do ensino fundamental. Dissertação de Mestrado apresentado à Faculdade de Educação da Faculdade de São Paulo. São Paulo – SP, 2011. 190 p. Disponível em <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-20012012-085003/pt-br.php>. Acesso em 10/10/2012..
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília – DF: MEC/SEF, 1998. 138 p
GOMES, Maria João. Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica.VII Simpósio Internacional de Informática Educativa – SIIE05.Leiria, Portugal, 16-18 Novembro de 2005. Arquivo Digital em PDF.

SANTOS, Akiko. Complexidade e transdisciplinaridade em educação: cinco princípios para resgatar o elo perdido. Revista Brasileira de Educação v. 13 n. 37 jan./abr. 2008. Arquivo Digital em PDF.

SOUZA, Vanúbia Emanuelle de.A proposta curricular de ciências em Minas Gerais e as práticas docentes. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. 2010. 145 p. Disponível em <http://www.bibliotecadigital.ufmg.b/>Acesso em 10/10/2012.
                                                                               


[1] Licenciatura em Biologia – Faculdade do Noreste de Minas – FINOM. Outubro 2012.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Hidrolipodistrofia ginóide – HLDG: desagradável aos olhos e à saúde






Atualmente o que mais se vê nas mídias são propagandas do corpo perfeito. Nos anúncios dos mais variados produtos, são utilizados belas modelos e atrizes, mexendo com a imaginação de homens e mulheres. Enquanto os homens deliram com as curvas das beldades, as mulheres, em sua maioria, ficam procurando as imperfeições, normalmente dizendo “deve estar cheia de celulite, estria e gordura localizada, só não vemos porque está toda ‘fotoshopada’”.  

Até parece que o recurso do fotoshop é a salvação, embora esta técnica também tenha exposto determinadas beldades ao escárnio do público, como se ter as famigeradas celulites fosse apenas dos seres humanos fora do circuito artístico.

Recentemente, lendo uma reportagem “A celulite é um problema estético que incomoda muito e acaba com a auto-estima de qualquer mulher”, nota-se a gravidade desse processo celulítico, pois além de ser desagradável aos olhos, do ponto de vista estético, ocasiona problemas de ordem psicossocial, devido a cobrança dos padrões estéticos dos dias atuais. Tal situação pode, ainda, acarretar problemas álgicos nos locais acometidos e diminuição das atividades funcionais (Meyer, 2005).

Neste sentido vale compreender o que é a celulite, que na verdade não tem nada de “ite”, uma vez que não se encontra infiltrado inflamatório em análise histopatológico. Guirro e Guirro (2006) dizem que o processo celulítico é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo subcutâneo, sem origem inflamatória, seguida de polimerização da substância fundamental que, infiltrando-se nas tramas, produz uma reação fibrótica consecutiva


O termo que melhor define esse processo de marcas na pele é o Fibro Edema Gelóide (FEG) que vem sendo substituído por Hidrolipodistrofia ginóide (HLDG).


DeVilla (2009) define o FEG como sendo um conjunto de transtornos que ocorrem no tecido conectivo cutâneo e subcutâneo, de origem multifatorial manifestando-se na pele. Em estado mais avançado é comumente conhecida como "casca de laranja".

Meyer et al (2005, p. 75) descreve que  o FEG “é uma afecção multifatorial e para que seu tratamento obtenha resultados positivos é necessária uma avaliação detalhada envolvendo toda propedêutica da anamnese e do exame físico”.
HLDG pode ser assim, melhor entendido, como um desequilíbrio no metabolismo lipídico e fluxo hídrico feminino, promovendo o fibrosamento do tecido. Em decorrência dessas alterações, ocorre uma compressão contínua dos elementos do tecido conjuntivo, entre eles, terminações nervosas. Com este quadro histopatológico, compreende-se, facilmente, a aparência nodulosa na epiderme e a presença de dor à palpação desproporcional à pressão exercida ou mesmo sem motivo externo.

As principais causas da HLDG pode ser a idade, história familiar, tabagismo, excesso de peso, sedentarismo, dieta rica em sal, gorduras e carboidratos, pouca ingestão de líquidos, estresse e fatores hormonais.

Na verdade ainda não se resolveu os mistérios do efeito “buraquinhos na pele”, porém sabe-se que há inúmeros produtos e tratamento no mercado que amenizam a situação.

Neste sentido a fisioterapia dermato funcional utiliza de cremes anti-celulites aliados à eletroterapia, a drenagem linfática manual ou compressiva (auxilia no processo de eliminação das impurezas acumuladas no interstício, objetivando. retirar o excesso de líquidos e/ou toxinas, promovendo a melhora da oxigenação  e a nutrição dos tecidos),  a vacuoterapia (com a sucção que o aparelho promove, ocorre uma mobilização profunda dos tecidos, melhorando a circulação sanguínea e linfática), o US (3 MHz) (acelera o sistema linfático), a corrente russa ( atua sobre a musculatura profunda e superficial, diminuindo a flacidez), endermologia (os movimentos do aparelho estimulam a circulação e promovem a drenagem linfática), radiofrequência (estimula a produção de colágeno), ultrassom com lipolíticos (realiza modificações nas ligações intercelulares e aumenta a permeabilidade da membrana celular), gesso liporredutor  (é uma mistura de substâncias que endurecem quando aplicadas sobre a pele, promovendo aquecimento, vasodilatação e melhor penetração de princípios ativos como a cafeína) entre outros.

É importante lembrar que nenhum tratamento é milagroso. É necessário reeducar a forma de alimentar-se e associar à atividades físicas. Até que não se encontra um tratamento definitivo, invasivo ou não, cabe cada mulher cuidar-se de modo a preservar,  sua saúde física, emocional e social.

Por outro lado se pensarmos que a OMS – Organização Mundial de Saúde diz que o indivíduo só é saudável quando possui um equilíbrio biopsicossocial, então o HLDG já pode ser considerado um problema de saúde pública?

REFERÊNCIAS
DEVILLA. Mariana Henrique. Fibro edema Gilóide: como se forma. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/fibro-edema-geloide-como-se-forma/15884/#ixzz2AF4GLjgP. Acesso em 22/10/2011

GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional. 3ª ed. São Paulo: Editora Manole, 2002.

MEYER, Patrícia Froes. Desenvolvimento e aplicação de um protocolo de avaliação fisioterapêutica em pacientes com Fibro edema gelóide. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.18, n.1, p. 75-83, jan./mar., 2005.

sábado, 1 de setembro de 2012

Gadotti (p, 11, 2003) diz que "Aprender e ensinar com sentido é aprender e ensinar com um sonho em mente".

Atividade proposta aos alunos da pós graduação da finom/paracatu/mg, na disciplina metodologia do ensino superior (set/2012).


Vamos refletir:



1) O que é ser professor do ensino superior?
2) Que formação é necessária para o professor do ensino superior?
3) Como se constrói a identidade do professor do ensino superior?
4) Que saberes e competências são necessários para este professor desenvolver um trabalho de qualidade e sucesso?


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Olá, pessoal!
Estou criando este blog na maior expectativa! Tenho por objetivo contribuir com o meio acadêmico e científico pesquisando e promovendo discussões sobre os assuntos relacionados à educação de modo geral.

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Para iniciar, uma pergunta para você pensar e dar sua contribuição:

      Qual a melhor forma para o aluno aprender?