segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Educação Ambiental um exercício de cidadania

       
Resultado de imagem para educação ambiental

      A Educação Ambiental é um tema de interesse e tem promovido  discussões na sociedade contemporânea que está sendo despertada a refletir sobre seu significado, importância, objetivos, ações e desenvolvimento, por isso é importante compreender a  Educação Ambiental como parte integrante para a formação cidadã e relacionar a Educação Ambiental ao comportamento social e à mudança de valores e atitudes.
A importância da Educação ambiental, para os cidadãos e para as gerações futuras, está relacionada com a participação da sociedade assumindo seu papel de co-responsável no planejamento e pelas tomadas de decisão no que se refere ao seu papel no ambiente onde vive.
A Educação Ambiental possibilita a intervenção sociopolítica na própria construção reflexiva das mudanças no cenário atual, pois o desenvolvimento da ciência e tecnologia promovem a legitimação e a divulgação do conhecimento sobre as questões ambientais, bem como a mitigação dos seus efeitos para a população (LOUREIRO, 2006).
 Uma parcela da população que é atingida significativamente pelos problemas ambientais e sociais é a  de baixa renda por viverem em condições desfavoráveis e expostos à maiores riscos, são menos escolarizados e parece receber menos informações. Essas variáveis interferem diretamente na qualidade de vida dos indivíduos (BARBIERI; SILVA, 2011).
            Para Luzzi (2013, p. 23-28) “não é apenas a natureza que está sendo degradada, também a qualidade de vida de enormes setores da população [...]. A desigualdade, a pobreza, a qualidade de vida e a qualidade ambiental estão intimamente atreladas.” Neste sentido a Educação é um viés que promove o conhecimento em todos os níveis educacionais proporcionando a participação, desenvolvendo habilidades, atitudes e estratégias na produção e no consumo sustentável, por exemplo.
Portanto, a Educação Ambiental deve ser entendida em seu sentido mais amplo, voltada para a formação de pessoas para o exercício da cidadania responsável e consciente, e para uma percepção ampliada sobre os ambientes no qual estão inseridas, uma vez que, ela é vista como uma possibilidade de transformação da realidade e das condições da qualidade de vida, por meio da conscientização advinda da prática social reflexiva embasada pela teoria. Essa conscientização é obtida com a capacidade crítica permanente de reflexão, diálogo e apropriação de diversos conhecimentos. Esse processo torna-se fundamental para se formar sociedades sustentáveis, ou seja, orientadas para enfrentar os desafios da contemporaneidade, garantindo qualidade de vida para esta e futuras gerações (LIMA, 2015; BARBIERI; SILVA, 2011; PELICIONI, 1988).
A atitude em conceber um meio ambiente com qualidade cabe a cada ser humano, daí a necessidade de fazer com que a Educação Ambiental saia do papel e quebre paradigmas de estagnação provendo condições do indivíduo se colocar no lugar de destaque no meio ambiente (MENEZES, 2013).
Como exemplo de trabalho educativo pode-se fazer palestras/treinamentos em empresas cumpridoras das NR’s – Normas Regulamentadoras abrangendo a temática do manuseio, transporte e uso dos agrotóxicos. Tal ação tem por objetivo minimizar os riscos à saúde do trabalhador e ao meio ambiente. Outro exemplo seria a realização de caminhada ecológica em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Meio Ambientes e Associações/ONG’s – Organizações Não Governamentais sobre a necessidade dos cuidados com o armazenamento e separação do lixo com o objetivo de orientar sobre a importância do descarte correto, dos novos loteamentos aderirem à legislação federal e ao código de postura do município, dentre outros.
De acordo com  Kato e Bellusci (2013) somente por meio da mudança nas relações individuais e sociais é que será possível encontrar cidadãos aptos a refletir e agir com ética sobre as questões ambientais como um compromisso com o pró­prio sistema ambiental em que o indivíduo compõe e influencia.
A Educação Ambiental proporciona ao indivíduo adquirir conhecimentos e colocá-los em prática estimulando as pessoas a disseminar soluções, produzir mudanças nas suas condutas, por exemplo, modificando seus há­bitos de vida, tais como o consumo desenfreado, economizar a água, reci­clar os materiais utilizados, separar o lixo (coleta seletiva) não provocar queimadas e não poluir o meio ambiente.
A escola, a academia, o clube esportivo, nos parques, as associações de bairros, nos sindicatos, grupos nas redes sociais, enfim, vários são os espaços onde se deve falar sobre promoção e prevenção da biodiversidade e os recursos naturais, bem como as mudanças que o ecossistema vem sofrendo devido à ação do homem.
A importância da Educação Ambiental para a formação cidadã está relacionada com o poder de transformação e aprimoramento da relação entre os seres humanos e desses com o ambiente, pois o mesmo é modificado pelo homem,
A Educação Ambiental transcende seu aspecto puramente comportamental para chegar a outras esferas, como a política e a cultural, pois a educação não pode existir para outro motivo que não o de formar indivíduos críticos de seu papel histórico. Deve subsidiá-los com um repertório que permita a reflexão crítica do desafio existente nos períodos de transição e, a partir de seus próprios impulsos, integrar esse processo rumo à construção de uma realidade mais condizente com sua noção de equilíbrio e sobrevivência.
Vale ressaltar que a Educação Ambiental é o fruto de um modelo de desenvolvimento, de condições culturais, econômicas e sociais completas, para tanto precisa ajudar a construir novas formas e possibilidades de relações sociais e de estilos de vida, baseadas em valores éticos e humanitários, e de relações mais justas entre os seres humanos e o meio ambiente. Sob esta perspectiva a Educar a educação ambiental precisa ser transformadora, educativa, cultural, informativa, política, formativa e, acima de tudo, emancipatória.


REFERÊNCIAS


BARBIERI, J. C.; SILVA, D. Desenvolvimento sustentável e educação ambiental: uma trajetória comum com muitos desafios. Revista de Administração Mackenzie [online], 2011, vol.12, n.3, pp.51-82. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S167869712011000300004&script=sci_abstract&tlng=pt > Acesso em: 24 ago. 2017.

KATO, D. S.; BELLUSCI, S. Educação Ambiental. Batatais: Claretiano, 2013.

LIMA, G. F. C. Educação Ambiental no Brasil: identidades e desafios. [livro eletrônico]. Campinas, SP: Papirus, 2015.
LOUREIRO, C.F.B. Trajetória e Fundamentos da Educação Ambiental. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
LUZZI, D. Educação e meio ambiente: uma relação intrínseca. Barueri, SP: Manole, 2012.
MENEZES, D. Educação Ambiental. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.

PELICIONI, M. C. F. Educação ambiental, qualidade de vida e sustentabilidade. Revista Saúde e Sociedade 7 (2) 19:31, 1988. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v7n2/03> Acesso em 01 set. 2017.

domingo, 23 de agosto de 2015

Compartilho com vocês os melhores livros, clipes e filmes (não necessariamente nesta ordem)!!
Espero que curtam!!
1. Enquanto eles choram eu vendo lenços (João Wandy Cury)
2. A teoria de tudo (Filme)
3. Cidade de papel (John Green)
4. Ética e vergonha na cara (Clóvis de Barros Filho e Mário Sérgio Cortella)
5. O físico (Noah Gordon)
6. O grito de liberdade (filme)
7. Vídeo motivacional: https://www.youtube.com/watch?v=IAnzAWt5tCI
8. Vídeo musical: https://www.youtube.com/watch?v=TAWgpY_TSF0



Fonte: brnacaodamusica. com
 A TEORIA DE TUDO

Título Original: The Theory of Everything
Lançamento no Brasil: 29 de janeiro de 2015
Duração: 2h 3min
Direção: James Marsh
Distribuidor: Universal Pictures
Gênero: Biografia / Drama
País: Reino Unido
Elenco: Eddie Redmayne, Felicity Jones, Tom Prior, Harry Lloyd, David Thewlis e outros.
Classificação: 10 anos


Baseado no livro, Travelling to Infinity: My Life with Stephen, a cinebiografia – A Teoria de Tudo –, conta a história de Stephen Hawking, considerado a mente mais brilhante, após Einsten.
O filme retrata a vida de Stephen quando foi para a universidade de Cambridge a fim de cursar doutorado em Física. Morava no Campus e vivia como a maioria dos estudantes: participava das festas, saía com as moças, bebia e deixava as atividades acadêmicas em segundo plano. Nascido em uma família de intelectuais, se interessava como as coisas funcionavam, principalmente o universo.
Em uma festa, o então cético Stephen Hawking conheceu a jovem estudante de língua espanhola e francesa Jane Wilde, por quem se apaixona. Juntos vivem grandes momentos de descobertas, amor e companheirismo. Na mesma época descobre ser portador de uma doença que afetava a musculatura, conhecida como Doença do Neurônio Motor que destrói as células cerebrais responsáveis pelo controle dos músculos essenciais tais como, para falar, andar, respirar, engolir... Em busca por diagnósticos soube que essa doença era incurável e o prognóstico muito ruim: 02 anos de vida. Stephen ficou arrasado e se afastou de todos.
A partir daí o filme retrata o primeiro relacionamento de Hawking e o altruísmo de Jane, que mesmo sabendo que seu amado tem poucos dias de vida, decide casar-se com Stephen e passar ao lado dele o pouco tempo de vida. Durante anos, o casal viveu feliz. Tiveram três filhos (Robert, Luce e Anthony), e compartilharam bons momentos.
Stephen com tantos problemas, não perdeu o humor e buscou alternativas para continuar fazendo o que mais gosta: estudar o universo. A doença trouxe limitações e incapacidades para seu corpo, mas aguçou a sua mente e lhe deu ainda mais motivos para querer continuar vivendo.
Os anos passam e Stephen resiste bravamente contrariando a medicina e a fisiologia humana, porém o amor nem sempre resiste a tamanhas provações. Jane sentindo-se presa e cansada por não levar uma vida normal, passa a se relacionar com Jonathan (músico e maestro na igreja). Apesar da consciência da situação, Stephen lida muito bem com tudo e também se permite relacionar-se com Elaine (enfermeira). Independente desses relacionamentos, Jane não o abandona e faz o que pode para atendê-lo e promover melhores dias para Stephen. Uma das cenas mais marcantes foram aquelas que Stephen não conseguia se comunicar e Jane traduzia com muita propriedade. Outra cena forte foi quando Jane decidiu não desligar os aparelhos que auxiliava Stephen a respirar no hospital. Ela dizia que ele deveria viver.
Stephen mudou de casa, lançou um livro e recebeu vários títulos, entre eles, o de Cavaleiro da Rainha, o qual foi recusado. Jane casou-se com Jonathan, porém continua amiga de Stephen. Eles vêm nos filhos o que de melhor fizeram juntos.

Algo que chama a atenção no filme é a semelhança do ator Eddie Redmayne que com Stephen Hawking. O figurino e o roteiro adaptado muito real. A doença de Stephen não é retratada como fator principal no desenrolar do filme. O diretor conseguiu mesclar a vida de Hawking, desde suas buscas pelas respostas do universo até sua superação nos relacionamentos, estilo de vida e a própria doença, na dose certa.


Este filme é indicado para todos os profissionais e estudantes de todas as áreas, pois o uso perfeito do cérebro, a superação e coragem são comoventes. Contrariando todas as leis da fisiologia humana, Stephen Hawking é um exemplo de superação a ser seguido. Como diz o próprio astrofísico: “Não deve haver limites para o esforço humano!”
Andei lendo alguns livros, assistindo alguns filmes e resenhando-os. Quanta ousadia!! Mas vamos lá! Acredito que por meio da leitura possamos melhorar como pessoas. Pensando nisso apresento à vocês algumas considerações.

O ÓLEO DE LORENZO

Direção: George Miller e Doug Mitchell
Elenco: Nick Nolte; Susan Sarandon; Peter Ustinov; Zack O’Malley Greenburg e outros
Classificação: Livre
Ano: 1992
Duração: 2h e 15min


O filme O Óleo Lorenzo baseia-se em uma história verdadeira de um casal de historiadores – Augusto e Michaela Odone – na África a trabalho. Depois eles retornam aos Estados Unidos. Aparentemente levavam uma vida normal, até descobrirem que seu filho Lorenzo, estava com comportamento hiperativo e agressivo na escola. Seus pais receberam reclamações da professora, sem entender algo que não acontecia anteriormente, levam Lorenzo ao médico, e recebem o diagnóstico de uma doença rara e incurável, a Adrenoleucodistrofia (ADL), com a expectativa de vida de 02 (dois) anos.
Esta doença tem como principal característica o acúmulo de ácidos graxos saturados de cadeia longa (24 e 26 carbonos) que atinge as células cerebrais desmielinizando a bainha que recobre os axônios, impedindo a transmissão de estímulos nervosos. Em seguida os sinais e sintomas foram visíveis.
A partir de então, os pais de Lorenzo, sem formação na medicina, buscam na ciência compreender a doença do filho e sua progressão. Por meio da pesquisa científica travam uma guerra com cientistas e médicos que não davam o devido valor às pesquisas realizadas por eles. Os pais deixaram o filho à mercê das pesquisas e testes com os médicos que não se esforçavam para compreender a doença. Em um dia foram a uma ONG de pais com filhos portadores de ALD, que mais se preocupavam em aceitar e lidar com a doença do que procurar a cura. Ficaram decepcionados com a cegueira desses pais diante da doença.
Lorenzo foi submetido a uma dieta sem nenhum tipo de gordura que pudesse levar a formação de cadeias longas de ácidos graxos. Esta dieta só fez Lorenzo piorar, os índices de ácidos graxos só aumentavam. Os pais descobriram o erro da dieta: quando o organismo não recebe ácidos graxos da alimentação, ele produz sozinho, por meio da biossíntese. Mesmo com tamanho esforço a comunidade médica e pesquisadores não davam crédito aos pais de Lorenzo.
Durante essa consulta o médico declara que a doença é hereditária: Lorenzo desenvolveu a ALD de um gene proveniente de sua mãe. Essa afirmação deixa a mãe de Lorenzo arrasada. Enquanto isso, Lorenzo vai perdendo suas funções e a família acabando mudando seus hábitos em detrimento do filho.
Em uma de suas buscas a mãe de Lorenzo descobre uma pesquisa desenvolvida por médico um modelo de dieta. Os pais de Lorenzo se colocam como financiadores e arrecadam fundos para um simpósio com estudiosos da doença espalhados por todo planeta Terra. Neste encontro fica claro que não sabem se poderão usar o óleo, nem se já existe um óleo purificado.
Porém, essa descrença não abalou a convicção dos pais que com muita determinação descobriram um óleo à base de azeite (ácido oléico) e colza (ácido erúcico) que retardava a doença, em uma indústria química havia uma garrafa. Os pesquisadores não aceitaram esse óleo, diziam que era tóxico para seres humanos. Novamente vão consultar o pesquisador e este novamente se coloca contra o uso do óleo. Contrariando a todos os pais de Lorenzo começa a usar o óleo em sua dieta, sendo possível observar a redução de 50%, porém nos meses seguintes esse valor não se altera, causando novamente frustração.
Em um dado momento o pai e Lorenzo sonha com o filho segurando as duas cadeias de ácidos graxos, ele acorda e identifica que poderia ocorrer a diminuição dos níveis séricos de ácidos graxos de 24 para 26 carbonos devido uma competição com o ácido oléico pela mesma enzima. Lorenzo não curou-se, mas a doença estabilizou e ele conseguiu uma melhora significativa prolongando sua vida.
É uma história de vida que necessitou de muito interesse em conhecer a bioquímica celular envolvidos com muita coragem, dedicação, persistência e amor incondicional.
Ao final do filme o casal continuou em busca de mais informações para tentar reverter o estado de Lorenzo. Mostra que outras crianças passaram a tomar o “Óleo de Lorenzo” e tiveram alguns sinais e sintomas minimizados, porém a indústria química não fabrica o óleo por não ser recomendado pela FDA – Food and Drug Administration.
Algo que chama a atenção no filme é a busca incansável dos Odones mesmo sabendo que todos os prognósticos da doença eram muito ruins. Apesar da ausência de indicativo dos meios modernos de pesquisa, internet por exemplo, eles viviam dia e noite em busca de uma explicação plausível. Percebe-se que há o desinteresse da classe de pesquisa médica, além de julgarem a incapacidade dos pais ao se elegerem pesquisadores. Outro ponto positivo, só foi possível desvendar parte do caso devido o favorecimento de informações contidas por outros pesquisadores.
Este filme é indicado para professores que trabalham a disciplina Metodologia Científica e profissionais de saúde em geral.




A História da Educação Física e do Esporte

A HISTÓRIA DA  EDUCAÇÃO FÍSICA E DO ESPORTE


A história da Educação Física passou, praticamente, por todos os países, dessa forma houve contribuição cultural de cada região, aprimoramento e especificidades naturais desenvolvida pelos povos praticantes de alguma modalidade esportiva.
Na Pré-história, os povos primitivos agiam com naturalidade e o que predominava eram as atividades necessárias à sobrevivência, essa necessidade fez com que o homem utilizasse os movimentos do corpo a fim de garantir sua sobrevivência e dos membros do grupo, uma vez que ele deveria superar diversos obstáculos ao caçar, lutar e fugir.  Dessa fase histórica surgiram as danças e os jogos em equipe. A dança era praticada por meio de rituais próprios com caráter lúdico. Tais características favoreceram a comunicação e a transmissão da cultura como instrumento educativo. Os jogos, principalmente com o uso de bola, eram relevantes socialmente, pois ne­les as crianças também participavam imitando as performances dos adultos.
Ao passar pela Antiguidade a Grécia foi a civilização que deixou sua marca no processo de evolução da Educação Física, disseminado mundialmente com seu maior legado: os jogos olímpicos. Também contribuíram os filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles, e Hipócrates ao defenderem a ligação do corpo e da alma por meio das atividades que exigem movimentos do corpo, além da música. Ambos seria a perfeita harmonia entre corpo, espírito e a mente. É relevante dizer que as práticas das atividades físicas eram realizadas até a velhice, mais uma herança grega. Ainda na antiguidade, a cultura grega invadiu Roma que por sua vez combatia fervorosamente a nudez na prática de qualquer atividade física, desse modo, sua prática destinava-se aos militares. Porém, os circos e teatros faziam parte da cultura dos romanos, a exemplo o Coliseu, onde grandes combates eram travados para deleite dos expectadores de todas as classes sociais. As casas termais originaram competições, surgindo daí a natação.
Por volta da Idade Média houve uma queda vertiginosa na evolução da Educação Física por causa da ascensão do cristianismo. O culto ao corpo passa a ser um culto ao pecado. Devido à posição da igreja que defendia que o homem deveria buscar somente a vida celestial, os esportes sofreram decadência, exceto a cavalaria que atestavam suas habilidades em competições e torneios.
No Renascimento, o culto ao corpo é novamente explorado. A partir dessa época o interesse pelas culturas tanto pelo físico como pelas artes, a literatura, a ciência e a música ressurgiram com força total. O estudo da anatomia e interesse pelo conhecimento do corpo humano favoreceu o resgate pela importância dos cuidados com o corpo. Deu-se, nessa época, o início dos movimentos ginásticos com a finalidade de preparar a população para defender seus países nas guerras que aconteciam na Europa por questões territoriais e de poder. Nessa época o modelo francês deu origem a Educação Física escolar no Brasil. Os jogos com bola foram as atividades físicas mais significativas dessa época e os praticados até a atualidade.
Além da contribuição dos povos primitivos, gregos e romanos, pode-se citar que a China, a Índia, Japão e Egito também têm sua parcela de contribuição na história da Educação Física. A China por meio do imperador Hoang Ti incentivava seu povo a se exercitarem a fim de cuidar e higienizar o corpo, além de treinar os guerreiros. Na Índia a atividade física era doutrinária, um tipo de código de caráter social, religioso, político e civil. Daí surgiu a prática do yoga. O Japão tem sua prática relacionada ao mar e, sua maior herança, os samurais.  Já o Egito, deixou a prática das atividades físicas que valorizam a força, a resistência, o equilíbrio e a flexibilidade.
A construção da Educação Física se deu, por fim, com um caráter de saúde. Inicialmente com a finalidade de melhorar a aptidão física dos indivíduos no sentido de torná-los mais aptos e úteis às suas necessidades básicas. Percebe-se que em vários momentos da história o sedentarismo não fazia parte da vida dos indivíduos devido a divisão do trabalho ligada ao esforço físico e atividades intelectuais. Embora, essa divisão separasse as classes sociais, em praticamente todas as fases da história, os povos praticavam atividade física com o intuito de serem guerreiros, de sobreviver e ao mesmo tempo manter o corpo e mente saudáveis.

REFERÊNCIAS
AGUIAR,O. R. B. P.; FROTA, P. R. O.  Educação física em questão: resgate histórico e evolução conceitual.  Arquivo digital em PDF. Disponível em <http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/eventos/evento2002/GT.1/GT1_5_2002.pdf>  Acesso em 08/03/2015.

CASTELLANI FILHO, L. Educação Física no Brasil: A história que não se conta. 18ª ed. Campinas: Papirus, 2010. 175 p.

IMPOLCETTO, F. M.; NARDI, E. R. Introdução à História e Teoria da Educação Física. Batatais: Claretiano, 2014.

LUZURIAGA, L. História da educação e da pedagogia. 18ª ed. São Paulo: Editora Nacional, 1990.


RAMOS, J. J. Os exercícios físicos na história e na arte: do homem primitivo aos nossos dias. São Paulo: IBRASA, 1982. [Impresso]

Crescimento e Aprendizagem Motora

O desenvolvimento humano é definido como o conjunto organizado de ideias cientificamente organizadas que vi­sam explicar as continuidades e as descontinuidades que ocorrem nos seres humanos desde sua concepção até a morte. Tal conceito fundamenta e incor­pora os aspectos biológicos e ambientais nos fatores cognitivo, afetivos, físicos e sociais subsidiados e focados tanto no produto quanto no processo.
Percebe-se que o desenvolvimento é algo que faz parte do indivíduo, da sua cultura e da sua relação com o mundo que o rodeia. A partir do seu processo de vivência é capaz de intervir e recriar seu espaço. Já a aprendizagem é uma forma de compreender e interpretar o mundo por meio da observação e experiência de vida que faz com que o sujeito modifique seu comportamento, sentimentos e ideias. O crescimento é um processo de estruturação, ou seja, corresponde às alterações físicas nas di­mensões corporais como um todo ou em partes espe­cíficas.
Tanto o desenvolvimento, a aprendizagem e o crescimento, devem-se levar em consideração os princípios da continuidade, da totalidade, da especificidade, da individualidade e da progressiva natureza do desenvolvimen­to humano peculiar de cada indivíduo.
As diferentes teorias da aprendizagem possuem relação com a prática docente no sentido de que cada professor tem um jeito de ensinar estruturado nos seus conhecimentos ao longo de seu aprendizado formal. O importante é que o professor contextualize suas experiências com a maneira de como cada aluno aprende e quais são os limites da aprendizagem. Entende-se que, por meio da organização de seus conhecimentos e dos princípios pedagógicos ele possa contribuir para um melhor processo de ensino e aprendizagem. Em síntese compreender que a “aprendizagem não significa, ape­nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci­so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure como uma aprendizagem significativa (BARREIRO, 2013, p. 25)”
            O processo educativo formal é extremamente importante, uma vez que, é a porta de entrada para o conhecimento, é quando se organiza o aprendizado e passa a ser significativo para o aluno, pois é possível relembrar fatos anteriores, aprender com a troca de experiências. Desse modo o aluno constrói e desconstrói seus significados diariamente.
            Ao “dividir” o processo de desenvolvimento em fases ou períodos facilita o entendimento, pois é uma estratégia que proporciona ao leitor tempo para absorver o conteúdo e fixar a aprendizagem.


REFERÊNCIAS


BARRETO, S. M.G. Aprendizagem e controle motor. Batatais, SP: Claretiano, 2013. 176 p.

Educação Física: como elaborar um plano de aula

Olá!!! Andei sumida por um bom motivo: muitos estudos para melhor auxiliar-los!! Nesse meio tempo, estou cursando Educação Física (Bacharel) e meus alunos tem perguntado como fazer um plano de aula. Aproveito para postar uma atividade do solicitada pelo professor da disciplina de Crescimento e Aprendizagem Motora.

 
Fonte: www.fisiotrimtrim.com


PLANO DE AULA
Unidade de ensino
Professora:
Disciplina: Educação Física
Data:                                 Série/Turma: 8º ano (turma única)
Período
Conteúdo: Ginástica rítmica desportiva
Conteúdo específico: Aprendizagem motora
Atividade: Ginástica dos elementos
Material: Aparelho de som, CD musical, Arcos de plástico (bambolê), fitas e bolas
Público-alvo: 8º ano do Ensino Fundamental (13-14 anos)
Duração: 50 minutos

  1. OBJETIVOS DA AULA 
1.1.Objetivo geral
Aprimorar a coordenação motora dos alunos do 8º ano do ensino fundamental.

1.2.Objetivos Específicos
Desenvolver a habilidade de rodar o arco, rolar a bola e manusear a fita percebendo a noção do tempo e a consciência do corpo no espaço;
Deslocar de diferentes formas com agilidade e atenção melhorando a concentração;
Promover a interatividade
Reconhecer a existência das regras da atividade.

  1. PROCEDIMENTOS
2.1. Regras
1. Organizar na quadra um lado do outro dando espaço de dois braços abertos
2. Cada um deverá pegar um elemento
4. Ficar atento ao tempo limite
3. Obedecer o comando do professor para revezar os elementos
4. Recolher os elementos e guardá-los no local apropriado, após o término da aula.

2.2. Preparação
Aquecimento: 5 minutos (movimentos articulares ritmados)
Alongamento: 7 minutos (global)
Atividade: 30 minutos (10 minutos para cada elemento: arco, fita e bola)
Relaxamento: 8 minutos
Após o aquecimento e alongamento os alunos serão orientados a se organizarem na quadra e cada um pegar um dos elementos. Ao comando do professor cada um deverá manusear seu elemento respeitando as regras, o espaço e o tempo estipulado.
Ao sinal do professor deverão trocar o elemento com o colega que estiver à sua direita.
No final do tempo após os alunos terem manuseado os três elementos, farão um relaxamento muscular em seguida cada um deve guardar seu elemento na caixa identificada.

  1. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA AULA
3.1.Circundução com o arco
Iniciar executando o balanceio da seguinte forma: na lateral; com troca das mãos; na lateral, lançando-o para cima e recuperando-o na descida, com a troca de mãos; lançando-o para cima, girando o corpo e pegando-o; nos braços esticados: na lateral, à frente, em cima, com a troca de mãos; nos dedos e nas mãos, pulso, pescoço, cintura, pernas.
Finalizar rolando o arco em diferentes linhas e direções.
3.2.Manuseando a fita
Iniciar manuseando a fita livremente. Em seguida executar movimentos em cima da cabeça, embaixo, do lado direito, do lado esquerdo e à frente; fazer círculos e espirais.
Finalizar lançando a fita para cima e saltando para pegá-la
3.3.Rolando a bola
Inicialmente manusear a bola passando-a de uma mão para outra. Rolar a bola sobre uma linha reta, sobre os braços, as costas. Equilibrar a bola na cabeça.
Finalizar lançando a bola para o alto usando somente a mão esquerda e pegá-la com a mão direita.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

         A atividade desenvolvida baseia-se no conceito de que a ginástica rítmica pode ser desenvolvida de forma não competitiva, pois o objetivo é a promoção da saúde. É uma prática que exige coordenação motora, controle motor e flexibilidade.
     As repetições contribuem para melhor a concentração e fazer com que os movimentos mais simples se tornem automáticos.
                É relevante mencionar que esta atividade também promove maior interação entre os alunos, o respeito pelas regras e a organização do ambiente.
            Por fim, a prática dessa atividade possibilita os alunos a se expressarem por meio dos movimentos corporais.

REFERÊNCIAS

BARRETO, S. M.G. Aprendizagem e controle motor. Batatais, SP: Claretiano, 2013. 176 p.


GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. Trad. de Maria Aparecida S. P. Araújo. São Paulo: Phorte, 2005.